Análise de óleos isolantes de Transformadores

Se a sua empresa utiliza transformadores elétricos, é muito provável que eles operem utilizando óleos isolantes. Estes óleos são fundamentais para garantir o isolamento elétrico e refrigeração dos transformadores, garantindo seu bom funcionamento e vida útil.


O que são óleos isolantes?

Os óleos isolantes, ou óleos minerais isolantes, são substâncias estáveis a altas temperaturas, essenciais para o funcionamento de equipamentos industriais como transformadores, reatores de alta potência e capacitores, dentre outros. Suas principais características são o isolamento elétrico, a refrigeração do equipamento e até mesmo a contenção de algumas descargas elétricas.

Periodicidade das análises de óleos isolantes de transformadores

Porque devo fazer a análise dos óleos isolantes?

Esta análise se enquadra como uma manutenção preditiva e preventiva. O objetivo principal é identificar com antecedência a deterioração e falhas nestes fluidos, a fim de evitar danos maiores a equipamentos essenciais para a empresa.

Como os óleos isolantes atuam diretamente nos transformadores e outros equipamentos essenciais, sua função se expande para todas as máquinas e instalações da indústria. Um transformador sem a devida manutenção pode acarretar em apagões, danos a equipamentos, interrupção na produção, e em casos mais extremos acidentes de trabalhos, incêndios e explosões. Em função disso, é extremamente recomendado realizar periodicamente a análise dos óleos isolantes dos transformadores e demais equipamentos que fazem uso destas substâncias.

Com o acompanhamento periódico apropriado, muitas vezes é possível fazer o tratamento dos óleos minerais, evitando sua troca. Isso traz não apenas economia para a empresa, mas também evita o descarte de substâncias que normalmente são tóxicas ao meio ambiente e de difícil reaproveitamento.

Como é feita a análise dos óleos isolantes?

A análise de óleo isolante realizada na Filtroil conta com laboratório próprio, capaz de realizar ensaios Físico-químico, Gás Cromatográfico, Teor PCB (Askarel), DBDS e Enxofre Corrosivo em óleo isolante, obedecendo as normas da ABNT e padrões internacionais.

Análise de óleo isolante. Manutenção preditiva em transformadores, instalações e equipamentos de alta tensão

Análise Gás Cromatográfica

A cromatografia determina a concentração dos gases dissolvidos no óleo mineral isolante. A formação de gases em equipamentos elétricos imersos em óleo pode se dar devido ao processo de envelhecimento natural e/ou em maior quantidade, como resultado de defeitos.

A operação em presença de defeitos pode causar sérios danos aos equipamentos logo, é de grande interesse que se possa detectar o defeito em seu estágio inicial de desenvolvimento, podendo a natureza e importância dos defeitos ser precisadas a partir da composição dos gases e da rapidez com que são formados.

Análise Físico-Química

A análise físico-química determina o estado do óleo isolante, sua capacidade, eficiência e deterioração. Esta análise, ao ser comparada com os valores pré-determinados para o material possibilita identificar o procedimento mais adequado: tratamento termo-vácuo, troca ou regeneração do óleo isolante.

Confira a relação completa das análises, ensaios e laudos realizados pela Filtroil:

Gases Quantificados:

Gases Quantificados, conforme NBR 7070
  • Hidrogênio H2
  • Metano CH4
  • Oxigênio O2
  • Etileno C2H4
  • Nitrogênio N2
  • Etano C2H6
  • Monóxido de Carbono CO
  • Acetileno C2H2
  • Dióxido de Carbono CO2

Análises Físico-químicas:

Cor (NBR 14483)
A cor de um óleo isolante é determinada pela luz transmitida e é expressa por um valor numérico baseado na comparação com uma série de padrões de cores. Um rápido aumento do número da cor pode indicar deterioração ou contaminação do óleo. Além da cor, a aparência do óleo pode apresentar turbidez ou sedimentos, que pode indicar a presença de água livre, borra insolúvel, carbono, fibras, sujeira ou outros contaminantes.
Rigidez Dielétrica (NBR 6869)
É uma medida da capacidade do óleo resistir à solicitação elétrica. Revela também a presença de impurezas polares como a água e outros oxigenados e sólidos.
Densidade (NBR 7148)
Utilizada para identificação do tipo de óleo isolante mineral (parafínico ou naftênico), silicone ou vegetal.
Índice de Neutralização (NBR 14248)
O teste de acidez mede o teor de ácidos formados por oxidação que são responsáveis pela formação de borra e degradação do papel. O aumento do índice de neutralização indica o envelhecimento do óleo isolante.
Fator de Potência (NBR 12133)
A determinação do fator potência indica o grau de deterioração e contaminação do óleo isolante. Um alto fator de potência é uma indicação da presença de contaminantes ou de produtos de deterioração, como umidade, carbono ou matérias condutoras, sabões metálicos e produtos de oxidação.
Tensão Interfacial (NBR 6234)
O ensaio detecta a presença de contaminantes polares solúveis e produtos de oxidação que são substâncias quimicamente ativas que podem acelerar o envelhecimento do óleo. Valores baixos de tensão interfacial indica deterioração e iminente formação de borra.
Teor de Água (NBR 10710)
O ensaio detecta presença de água que prejudica as propriedades dielétricas do óleo, que apresenta assim tendências à oxidação. Um elevado teor de água acelera a deterioração química do papel isolante e é indicativo de condições de operações indesejáveis, que requerem correções.

Ensaios Especiais:

Análise Furfuraldeído 2-FAL (NBR 15349)
O ensaio determinação o teor de compostos furânicos por cromatografia líquida para informações técnicas do envelhecimento ou idade cronológica do equipamento. Possibilita o planejamento da substituição do transformador com base de informações técnicas de envelhecimento e não da idade cronológica do equipamento.
Análise de Teor PCB - Askarel (NBR 13882)
O ensaio determina o teor de PCB (Bifenilas Policloradas) por cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons. Dependendo da quantidade de PCB presente no óleo, a norma deve-se seguir orientações para manuseio, acondicionamento, rotulagem, armazenamento, transporte, procedimentos para equipamentos em operação e destinação final (óleos e equipamentos contaminados).
Análise de Teor DBDS (Metodologia Própria)
O ensaio determina o teor de dibenzodissulfeto por cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons. O dibenzodissulfeto é uma das espécies de enxofre que atua na corrosividade ao cobre.
Análise de Enxofre Corrosivo (NBR 10505)
O ensaio determina qualitativamente os compostos corrosivos de enxofre em óleos isolantes. A presença de compostos corrosivos de enxofre é prejudicial, pois resulta na deterioração de materiais, como o cobre, que constituem os equipamentos elétricos.